O senador americano Mike Lee (R-Utah) anunciou que fará parte de uma comissão parlamentar dos Estados Unidos que visitará o Brasil no final de 2025 para investigar o que chamou de instrumentalização política do sistema judiciário brasileiro e a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Esta será a segunda missão internacional a vir ao país para analisar supostas violações à liberdade de expressão. No início do ano, a Organização dos Estados Americanos (OEA) já havia enviado uma equipe para investigar denúncias semelhantes.
Ao anunciar a viagem, Mike Lee destacou o impacto de juízes ativistas na política de um país e afirmou que o governo americano precisa estar atento ao que acontece no Brasil.
“Um único juiz pode causar danos imensos, especialmente se esse juiz estiver tentando usar o sistema judicial como arma para impactar a política eleitoral. Se isso está acontecendo no Brasil, o governo dos EUA precisa saber”, publicou o senador na rede social X.
Ele também afirmou que pretende fazer perguntas difíceis sobre o Juiz Alexandre de Moraes e a suposta instrumentalização política do sistema judiciário brasileiro.
O ministro do STF passou a enfrentar fortes críticas no cenário internacional após ser alvo de ações judiciais nos Estados Unidos, movidas pelas plataformas Rumble e Truth Social.
As empresas acusam Moraes de censura e pedem que suas ordens para a derrubada de contas de usuários do Rumble não tenham efeito legal nos EUA. Além disso, os processos buscam suspender a nova determinação de bloqueio da plataforma imposta pelo ministro brasileiro.
Mike Lee, que é do Partido Republicano, o mesmo do presidente Donald Trump, também fez alusão às decisões de juízes federais de primeira instância nos Estados Unidos, que tentam barrar medidas do governo Trump e são acusados de transformar o sistema judiciário em arma contra opositores políticos.
O crescimento da pressão internacional sobre Moraes reforça o debate sobre o papel do Judiciário brasileiro na política e suas interferências nas plataformas digitais.
Até o momento, o governo brasileiro e o STF não se manifestaram sobre a vinda da comissão americana.
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