O governo de Israel confirmou, nesta quinta-feira, 30, que a soldado Agam Berger, 20, sequestrada há mais de 15 meses de uma base militar próxima à Faixa de Gaza, foi libertada pelo Hamas. Ela era a última das sete militares israelenses capturadas em Nahal Oz pelos terroristas em 7 de outubro de 2023 a deixar o cativeiro.
Em nota, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que Agam Berger foi resgatada por volta das 9h (horário local) e “está atualmente sendo acompanhada pelas forças especiais das FDI e pelas forças da ISA em seu retorno ao território israelense, onde passará por uma avaliação médica inicial”.
Imagens do momento da libertação de Agam foram divulgadas nas redes sociais.
Agam Berger deve se reunir com as outras quatro vigias — Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag — que foram soltas no sábado, 25, e levadas ao departamento de recepção de reféns no Hospital Beilinson, próximo a Tel Aviv.
Outra militar, identificada como Ori Megidish, foi resgatada pelas forças israelenses em 30 de outubro de 2023. Já Noa Marciano, 19, foi morta em Gaza, e seu corpo foi recuperado em novembro.
Depois do sequestro, vídeos publicados por familiares das reféns para pressionar as autoridades israelenses pelo resgate mostraram as jovens ensanguentadas e enfileiradas, cercadas por terroristas do Hamas.
Na ocasião, as forças israelenses reconheceram falhas na proteção da base de Nahal Oz. As cinco militares foram retiradas da unidade e passaram um período juntas no cativeiro.
“Há uma conexão natural entre elas”, afirmou a chefe do departamento do Hospital Beilinson, em entrevista ao jornal americano The New York Times.
As militares não foram soltas durante a trégua temporária de 2023, apesar do acordo da época prever a libertação de mulheres e crianças sequestradas. O Hamas, na ocasião, afirmou que não as soltaria por serem soldados ativas do Exército israelense.
Os preparativos para a segunda entrega de reféns ocorreram na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, ao lado da residência destruída de Yahya Sinwar, líder do Hamas morto pelas forças israelenses em outubro passado.
Sinwar foi um dos responsáveis pelo ataque de 7 de outubro de 2023 a Israel, no qual 1,2 mil pessoas foram assassinadas e 250 feitas reféns.