O Hezbollah, grupo terrorista libanês, relembrou nesta segunda-feira, 7, o ataque do Hamas contra Israel ocorrido há um ano. A organização declarou que “Israel é um câncer que deve ser eliminado”, sem espaço na região ou em seu “tecido social, cultural e humano”.
Depois de semanas de intensos ataques israelenses, o Hezbollah qualificou a operação do Hamas, que resultou em mais de 1,2 mil mortos e 250 sequestros, como “heroica”. Entre os sequestrados estava um bebê de 10 meses.
O grupo terrorista afirmou que o ataque representou “uma manifestação da vontade palestina de confrontar a agressão, a injustiça e a ocupação”, desde 1948, impactando de forma “histórica e estratégica” a região até que os direitos dos palestinos sejam reconhecidos.
Em comunicado, o Hezbollah reiterou que “não há lugar para essa entidade sionista temporária (Israel) em nossa região”, descrevendo o Estado judeu como uma “glândula cancerígena mortal e agressiva” a ser eliminada, independentemente do tempo necessário.
Desde que o Hamas atacou Israel, o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã, tem feito ataques quase diário ao território judeu.
Hezbollah acusa EUA e aliados de cumplicidade com Israel
Os Estados Unidos e seus aliados foram acusados pelo Hezbollah de serem cúmplices “na agressão e nos crimes contra os povos palestino e libanês”. A organização afirmou que eles têm “total responsabilidade pela carnificina, pela injustiça e pelas tragédias humanas devastadoras”.
O Hezbollah expressou gratidão ao Eixo da Resistência, uma rede de influência do Irã, pela sua importância na luta contra Israel. O conflito entre Hezbollah e Israel intensificou-se, com bombardeios israelenses no Líbano, resultando na morte do líder Hassan Nasrallah.
Eventos em memória das vítimas
Em Israel, neste 7 de outubro, ocorrem protestos em solidariedade às vítimas do ataque de um ano atrás, em frente à residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. Uma cerimônia está programada para o kibutz Re’im, onde uma sirene soará às 6h29.
Outros eventos incluem uma cerimônia no Parque Yarkon, em Tel-Aviv, às 19h locais (13h, em Brasília), para famílias das vítimas de 7 de outubro. O parque estará fechado ao público devido às diretrizes de segurança após a ofensiva no Líbano.