O Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade um projeto de lei que garante ao ex-presidente Donald Trump e à vice-presidente Kamala Harris o mesmo nível de proteção do Serviço Secreto normalmente reservado para um presidente em exercício.
O projeto, apresentado pelo senador republicano Rick Scott, da Flórida, foi aprovado no Senado apenas alguns dias após a Câmara dos Representantes tê-lo aprovado com uma votação esmagadora de 405 a 0.
Agora, o projeto segue para a mesa do presidente Biden, aguardando sua assinatura.
O projeto de lei é aprovado, dois meses depois de ter sido revelado que as autoridades dos EUA obtiveram informações sobre um plano do Irã para tentar assassinar o ex-presidente Donald Trump.
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Em seu perfil no X, Trump comentou com alegria a aprovação unânime do projeto de lei:
“Grandes ameaças à minha vida pelo Irã. Todo o exército dos EUA está observando e aguardando. O Irã já fez movimentos que não deram certo, mas eles tentarão novamente. Não é uma boa situação para ninguém. Estou cercado por mais homens, armas e equipamentos do que jamais vi antes. Obrigado ao Congresso por aprovar unanimemente muito mais dinheiro para o Serviço Secreto – Zero votos contrários, estritamente bipartidário. É bom ver republicanos e democratas concordarem em algo. Um ataque a um ex-presidente é uma sentença de morte para o agressor!”
O senador Scott, em um comunicado após a aprovação no Senado, destacou a importância da legislação, afirmando que ela envia uma mensagem poderosa sobre a proteção das instituições democráticas.
“A aprovação da lei hoje com o consentimento unânime do Senado envia uma importante mensagem ao público americano e ao mundo de que não vamos ignorar essas ameaças, que são verdadeiros ataques ao nosso processo democrático e que, com razão, chocaram o mundo,” disse Scott.
Embora o senador democrata Chris Murphy, de Connecticut, tenha expressado reservas, argumentando que o projeto não altera como o Serviço Secreto avalia ameaças, ele optou por não se opor à legislação.
“Vamos seguir adiante com este projeto de lei,” afirmou Murphy.
“Não acho que ele resolva o problema de fato; vamos aprovar o dinheiro adicional para que o Serviço Secreto tenha tudo o que precisa para fazer o trabalho, e então vamos nos sentar e ter uma conversa mais ampla sobre por que vimos esse aumento na violência política e de que outras formas republicanos e democratas podem se unir.”
A medida para reforçar a segurança ocorre após duas tentativas de assassinato contra Trump.
A primeira aconteceu em 13 de julho, durante um comício de campanha na Pensilvânia, seguida por uma segunda tentativa em 15 de setembro, no Trump International Golf Club, na Flórida.
Em resposta, o Serviço Secreto tomou medidas para aumentar a segurança do ex-presidente.
"O Serviço Secreto aumentou os recursos para uma postura de segurança já reforçada para o ex-presidente," disse Ronald Rowe Jr., diretor interino do Serviço Secreto dos EUA, durante uma coletiva de imprensa após o segundo incidente.
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O presidente Biden, segundo Rowe, manifestou seu apoio a essas proteções ampliadas, expressando seu desejo pelos mais altos níveis de segurança tanto para Trump quanto para a vice-presidente Harris. “Essas medidas foram implementadas,” acrescentou Rowe.
Como parte de esforços mais amplos para proteger as operações federais, o Congresso também está revisando um financiamento adicional para o Serviço Secreto.
Uma proposta de US$ 231 milhões adicionais está incluída em uma resolução de continuidade, que pode ser votada na Câmara já nesta quarta-feira (25).
Os fundos são considerados essenciais para sustentar as operações do Serviço Secreto antes de um prazo crítico em 30 de setembro para manter o governo financiado.
A legislação destaca as crescentes preocupações com a violência política nos Estados Unidos, uma questão que ambos os partidos se comprometeram a enfrentar, embora com abordagens diferentes.