A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, convocou um protesto mundial para o próximo sábado, 17, com o objetivo de contestar as eleições realizadas no país em 28 de julho. O ditador Nicolás Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mesmo sem apresentar qualquer ata dos votos.
Pelas redes sociais, María Corina incentivou os cidadãos da Venezuela a levarem comprovantes de voto aos locais de manifestação. “Que o mundo veja, com atas em mãos, que não nos deixaremos roubar”, escreveu.
María Corina ainda disse que todos os venezuelanos em “qualquer lugar do mundo” vão se unir para “levantar a voz pela verdade”. Destacou também que é necessário que todos se juntem dentro e fora da Venezuela para protestar contra o regime de Maduro.
Neste sábado, 10, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo regime de Nicolás Maduro, anunciou que revisará documentos apresentados por organizações políticas e ex-candidatos para concluir o processo de validação das eleições de 28 de julho. Declarou que a decisão será “irrecorrível”.
Neste domingo, 11, a líder da oposição na Venezuela publicou um vídeo com uma nova convocação para as manifestações. María Corina incentiva a população a “tomar as ruas” do país e do “mundo”. Ela também pediu um voto de confiança, argumentando que desta vez “será diferente”.
“Onde houver um venezuelano, ali, estaremos juntos”, declarou. “Confia. Esta vez é diferente, porque nós somos diferentes. Vamos gritar juntos para que o mundo apoie a nossa vitória e reconheça a verdade e a soberania popular.”
María Corina disse se direcionar a todos que não reconhecem a Venezuela “que estamos vivendo”. Aqueles que “têm um familiar, um amigo querido, separados pela distância”.
“Que está cansado de viver sem luz, sem água, sem saber o que vai comer. Que foram perseguidos por dizer o que pensa ou pelo que escreveu em suas redes sociais. Que foram despedidos por denunciar tudo o que vai mal”, disse.
A líder da oposição ainda destacou a importância do protesto para todos que perderam “alguém querido, fruto da violência do regime” de Nicolás Maduro. “Que não pôde voltar à Venezuela, seu país, porque tem medo, porque teve seu passaporte cancelado. Que não pôde voltar em 28 de julho e que, agora, pretendem ignorar sua vontade.”