Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas e atualmente exilado em Madri, na Espanha, fez sérias acusações nesta terça-feira, 30. O político denunciou que a ditadura de Nicolás Maduro teria ordenado o “sequestro” de María Corina Machado, líder proeminente da oposição venezuelana.
Através da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter, Ledezma afirmou que as forças policiais estavam em busca de Machado, com a intenção de prender não só ela, mas também outros líderes de sua campanha. A notícia rapidamente causou alvoroço nas redes sociais e nas ruas de Caracas.
De acordo com Ledezma, a ação contra María Corina Machado representa mais um episódio de repressão em um regime conhecido por violar os direitos humanos. “Recebemos informações da Venezuela de que policiais tentarão prendê-la, assim como outros líderes do comando de campanha”, alertou o ex-prefeito.
María Corina Machado é uma figura central na luta pela democracia na Venezuela. Ela ganhou destaque por sua postura firme contra o regime chavista e por liderar uma oposição combativa e determinada.
María Corina Machado é uma engenheira e política venezuelana conhecida por sua veemência contra o governo de Nicolás Maduro. Nascida em 1967, ela tem uma longa trajetória de ativismo político, marcada por momentos de grande tensão e enfrentamento ao regime atual.
Em 2014, por exemplo, Machado foi destituída de seu cargo na Assembleia Nacional, acusada de traição à pátria por ter denunciado a situação da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA). Desde então, vem sendo uma das vozes mais críticas e influentes contra o chavismo.
A ordem de prender María Corina Machado provocou uma onda de protestos e manifestações em várias partes da Venezuela. Cidadãos tomaram as ruas para exigir o reconhecimento da vitória política da oposição e denunciar mais esta ação arbitrária do governo Maduro.
Antonio Ledezma foi enfático ao afirmar que “os cidadãos protestam com base no seu legítimo direito de exigir o reconhecimento da vitória obtida pelo presidente eleito Edmundo González e por María Corina”. Ele destacou que os protestos são uma forma de canalizar pacificamente a indignação popular.
As próximas ações do governo Maduro em relação a María Corina Machado serão cruciais para o futuro político imediato da Venezuela. Observadores internacionais e organizações de direitos humanos estão acompanhando de perto a situação, atentos a qualquer violação adicional dos direitos civis e políticos.
Enquanto isso, a pressão interna e externa sobre Nicolás Maduro continua a crescer. A comunidade internacional, incluindo países como os Estados Unidos e membros da União Europeia, já se manifestou contra a repressão constante na Venezuela.