A abertura dos envelopes, feita na manhã dessa segunda-feira (15), mostrou que apenas uma empresa apresentou proposta, e com valor bem acima do máximo previsto no edital. A Logitectrans, que tem sede em São Bernardo, fez proposta de R$ 3,938 bilhões, enquanto o teto era de R$ 2,921 bilhões pelo contrato de 15 anos.
Em nota, a Urbam afirmou que, como a proposta da empresa ficou "acima do valor do edital", isso "inviabilizou o certame". "A Urbam e a Prefeitura de São José dos Campos irão avaliar todo o histórico do processo e consultar o mercado para decidir os próximos passos", concluiu a estatal.
A novela começou em janeiro de 2019, quando a Prefeitura pagou R$ 2,4 milhões para a FGV (Fundação Getúlio Vargas) elaborar o novo modelo de concessão. Seria um contrato tradicional, em que seriam escolhidas as empresas que operariam os ônibus, em dois lotes. Editais foram lançados em 2020 e 2021, mas não houve interesse do mercado no modelo proposto. Apenas o Grupo Itapemirim participou, mas o contrato não foi adiante pois a empresa não comprovou que seria capaz de entregar o que era exigido.
Em março de 2022, inspirada em proposta do governo de Goiás, a Prefeitura passou a apostar em um novo modelo, que consiste em alugar os ônibus por meio de uma estatal – a Urbam, no caso - e contratar outra empresa para operá-los, em outra licitação, feita pela Secretaria de Mobilidade Urbana.