Nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem intensificado os anúncios de medidas que visam a melhorar sua popularidade. Agora, a nova investida do petista tem relação com a saúde. O governo federal estuda criar um convênio médico popular que custará até R$ 100. Apesar de a proposta ter sido bem recebida entre os integrantes do Executivo, alguns médicos têm criticado a medida.
É o caso do infectologista Francisco Cardoso, integrante do Conselho Federal de Medicina. O especialista afirma que “é impossível fazer um plano de saúde a R$ 100”. Em entrevista à edição desta terça-feira, 22, do Jornal da Oeste, ele afirmou que o projeto de Lula “é um estelionato eleitoral”.
De acordo com Cardoso, essa é a decretação oficial de que o governo petista desistiu do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele também disse que se trata de uma medida populista. “Se é responsabilidade do governo oferecer saúde à população, e o Estado cria essa medida, isso significa que o governo desistiu do SUS.”
Além disso, Cardoso afirma estar “admirado com o silêncio daqueles que defendem o SUS”. O infectologista também disse que a proposta é apenas uma “cortina de fumaça” para esconder a ineficiência do governo na gestão do sistema de saúde.
De acordo com a revista Veja, a ideia é incluir a criação do plano de saúde popular no pacote que envolve o projeto do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O chefe da pasta quer transferir alguns atendimentos do SUS para hospitais privados.
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