O Banco Central (BC) anunciou, nesta quarta-feira (26), o início da segunda fase do Piloto Drex, o projeto para a criação da moeda digital do Brasil, também conhecida como real digital. A autoridade monetária recebeu 101 propostas de negócios, mas escolheu 50 para participarem dos testes da nova tecnologia.
A fase de testes avalia o potencial da plataforma Drex em atender a diferentes casos de negócios apresentados por representantes do mercado.
O envio de propostas foi encerrado em novembro de 2024, e as selecionadas agora passarão por um período de testes mais aprofundados.
“Foram recebidas 101 propostas, sendo que várias delas abordaram casos de negócios já em discussão na segunda fase do Piloto, ainda que com variações. Excluídas as que descumpriram requisitos formais da chamada, restaram cerca de 50 propostas”, afirmou o BC em comunicado.
A autarquia também destacou que a fase de testes se mostrou desafiadora do ponto de vista tecnológico. Segundo o BC, o processo exige um “acompanhamento mais intensivo do que o antecipado”. Confira o documento na íntegra.
Além do anúncio da segunda fase, o Banco Central divulgou, nesta quarta-feira (26), um relatório técnico sobre os resultados da primeira fase de testes do Drex.
A plataforma testada, baseada em tecnologia de registros distribuídos (DLT, na sigla em inglês), passou por uma análise detalhada.
O documento concluiu que será necessário um “grande esforço de adaptação” para o Drex se tornar capaz de servir como infraestrutura para suportar serviços inovadores à sociedade.
Entre os problemas identificados, estão as limitações em relação à anonimização e às funcionalidades de programabilidade e componibilidade.
De acordo com o BC, as soluções atuais não atendem plenamente aos requisitos essenciais para um sistema financeiro robusto.
“O estado das soluções carece de maturidade com relação aos requisitos essenciais para um sistema financeiro robusto e dinâmico”, apontou o relatório.
A autoridade monetária ressaltou que, para superar isso, será necessário um desenvolvimento contínuo da plataforma, além de uma colaboração estreita entre reguladores, desenvolvedores, academia e participantes do mercado.
O objetivo alegado é avançar nas questões de privacidade e adaptar a plataforma às necessidades reais do mercado.
“Esperamos identificar necessidades específicas e oportunidades de inovação que possam orientar o desenvolvimento contínuo da Plataforma Drex”, finalizou o BC.
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