O Tribunal de Contas da União (TCU), sob a presidência do ministro Bruno Dantas, destinou um espaço de 86 m² no mezanino de sua sede, em Brasília, para um salão de beleza exclusivo voltado a ministros e servidores. O contrato firmado para a operação do espaço prevê que o local poderá faturar até R$ 127,7 mil por mês, oferecendo uma variedade de serviços de estética e bem-estar.
Além dos serviços oferecidos, o edital estabelece orientações de conduta rigorosas: os funcionários devem manter discrição, evitando abordar autoridades para assuntos particulares, além de serem proibidos de fazer “fofocas” ou emitir “comentários desairosos”. O padrão de apresentação é rigoroso, com multa prevista para funcionários que estejam sem crachá ou com uniforme inadequado.
A taxa de uso do salão foi fixada em R$ 2,8 mil mensais, cobrindo despesas com água, luz, limpeza e segurança – um valor considerado competitivo para uma área nobre e disputada de Brasília. Os serviços incluem corte de cabelo (R$ 86,25), massagem relaxante (R$ 115) e depilação íntima de contorno (R$ 80,75).
O contrato para o funcionamento do salão e spa está assinado até 2029, com possibilidade de extensão até 2034. A iniciativa tem sido vista por alguns como um benefício adicional para ministros e servidores, mas também desperta questionamentos sobre a prioridade de recursos e a criação de um espaço de luxo em uma instituição pública. A extensão do contrato sugere que o TCU considera o espaço como parte dos benefícios oferecidos a seus funcionários, embora o debate sobre a pertinência e o custo desse investimento continue em pauta.