O clima de suspense no governo a respeito do pacote de corte de gastos incomodou os investidores nesta terça-feira, que buscaram proteção no dólar, levando a moeda americana a romper o teto dos R$ 5,70, que vinha sendo respeitado há mais de uma semana, e fechar na maior cotação em mais de dois anos e meio.
No meio da tarde, o ministro Fernando Haddad se pronunciou sobre o assunto, afirmando que as conversas com o presidente Lula “estão avançando” e que não há um prazo para divulgação das medidas. Ele também disse que “não sabe de onde saiu o número” que circula no mercado, de que a redução nos gastos ficaria entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões.
O dólar à vista fechou em alta de 0,92%, a R$ 5,7616, após oscilar entre R$ 5,6980 e R$ 5,7672. É a maior cotação da moeda americana frente ao real desde 30/03/2021. Às 17h08, o dólar futuro para novembro subia 0,82%, a R$ 5,7950.
Lá fora, o índice DXY tinha leve baixa de 0,02%, aos 104,298 pontos. O euro subia 0,02%, a US$ 1,0815. E a libra tinha alta de 0,29%, para US$ 1,3007.