No último domingo, 13 de outubro, a SpaceX, empresa de exploração espacial desenvolvida pelo visionário Elon Musk, alcançou um marco significativo na história da aviação espacial. Após meses de espera e várias aprovações regulatórias, o foguete Super Heavy, acoplamento à espaçonave Starship, decolou para um teste de voo que prometia revolucionar o setor: a captura do propulsor Super Heavy no ar.

Tradicionalmente, a SpaceX recuperava seus foguetes através de pousos verticais, utilizando pernas mecanizadas que se abriam momentos antes de tocar o solo. Contudo, o novo desafio foi muito mais audacioso. Com uma equipe de engenheiros projetados, a empresa investiu anos de planejamento e meses de testes para tornar essa ideia realidade. A construção da infraestrutura exigiu milhares de horas de trabalho técnico, tudo para maximizar as chances de sucesso na captura.

E o resultado não poderia ter sido melhor. Como mostra o vídeo da missão, o Super Heavy subiu a uma altitude impressionante de 70 km, liberou a Starship rumo ao espaço e, em seguida, virou-se para retornar à Terra. Com especificações e especificações, o propulsor foi acomodado entre dois enormes braços móveis de uma torre, que se fecharam para completar a captura.

Em seu perfil na plataforma X, Elon Musk não escondeu o orgulho ao compartilhar vídeos e insights sobre essa conquista histórica. Um dos momentos mais marcantes foi quando ele lembrou uma entrevista dada três anos atrás, na qual falava sobre a ambição de desenvolver esse novo método de captura:

“Se você pode mover massa [do foguete] para o solo, é melhor mover a massa para o solo. É por isso que removemos as pernas [usadas no pouso] do foguete e colocamos a torre para pegá-lo. Isso parece loucura. Eu sei que parece insano. Quando eu sugeri isso, as pessoas pensaram que eu enlouqueci, e eu pensei que talvez eu tivesse enlouquecido. Isso pode levar algum tempo, mas nós vamos conseguir.”

No decorrer dos meses que antecederam a missão, Musk também explicou o mecanismo de captura em detalhes. “Esta é uma torre personalizada com braços projetados para capturar o objeto voador maior e mais pesado já feito e tira-lo do ar. Ele pesará cerca de 250 toneladas. Vamos torná-lo mais leve com o tempo. Então, você tem algumas centenas de toneladas despencando a mais da metade da velocidade do som. Quando os motores são acionados, isso vai reduzir a velocidade para basicamente zero e entrar entre os braços”, comentou, enfatizando a complexidade e os riscos envolvidos.

Após o sucesso da missão, Musk publicou uma atualização em sua conta no X, detalhando a inspeção do foguete. “Acabei de operar o propulsor do Starship, que os braços agora colocaram de volta em sua base de lançamento. Parece ótimo! Alguns bicos externos de motores estão deformados pelo aquecimento e há alguns outros problemas menores, mas estes são facilmente resolvidos. A Starship foi projetada para alcançar a condição de novo voo de seu propulsor de foguete em até uma hora após a decolagem.”

Com o propulsor retornando em cerca de cinco minutos, o tempo restante será utilizado para recarregar o propulsor e preparar a próxima nave. Assim, a SpaceX dá um passo significativo na direção a um futuro em que as viagens espaciais se tornam cada vez mais acessíveis e eficientes.