O Partido Comunista Chinês (PCCh) está implementando medidas mais rigorosas para garantir que a “lealdade ao partido” se torne uma prioridade para a população. Essa situação foi denunciada em um relatório da Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, que revela práticas preocupantes, como a remoção de cruzes de igrejas sob a alegação de que esses símbolos representam “riscos à segurança nacional”.
Desde 2018, as restrições ao compartilhamento de mensagens religiosas se tornaram ainda mais severas. Conteúdos online, páginas da web e aplicativos com conteúdos cristãos são frequentemente fechados, e as chamadas “igrejas domésticas” enfrentam, cada vez mais, proibições rigorosas. De acordo com a ONG Portas Abertas, há indícios de que tecnologias de monitoramento estão sendo utilizadas para perseguir cristãos no país.
Quando questionado pelo jornal The Telegraph, o Partido Comunista Chinês negou as alegações, afirmando que o relatório distorce a verdade e que suas leis garantem liberdade religiosa a todos os cidadãos. No entanto, diversas igrejas foram obrigadas a exibir slogans do PCCh e a incorporar ideologia político-partidária revolucionária em seus cultos, substituindo ensinamentos religiosos tradicionais por ordens do Partido.
Relatos alarmantes indicam que fotos de Jesus Cristo e da Virgem Maria estão sendo trocadas por imagens do líder chinês Xi Jinping. Desde que assumiu o poder em 2013, Jinping tem se esforçado para eliminar qualquer forma de religiosidade que não se alinhe aos valores do Partido, resultando em repressão a budistas, católicos, protestantes, muçulmanos e taoístas.
O documento da Comissão revela que os cristãos agora precisam se esconder para praticar sua fé, realizando cultos em locais como hotéis e casas de chá. Cerimônias de batismo estão sendo interrompidas, e muitos cristãos são forçados a deixar o país para evitar a prisão.
A repressão do regime comunista à liberdade religiosa levou o Departamento de Estado dos EUA a designá-lo como um "país de preocupação especial" devido ao seu envolvimento contínuo em graves violações da liberdade religiosa.
Desde que Xi Jinping se tornou secretário-geral do Partido Comunista Chinês, em novembro de 2012, e presidente, em março de 2013, observou-se uma drástica diminuição da liberdade em todos os setores da sociedade, incluindo a religião. O governo declara que seu objetivo é preservar a estabilidade do país, justificando isso como parte de sua missão de manter uma “sociedade harmoniosa e pacífica”.
A transmissão da fé para a próxima geração se tornou um desafio enorme, uma vez que a lei proíbe os pais de ensinar sua religião aos filhos, com severas punições para os infratores.
Diante desses relatos, cresce a preocupação com a situação dos cristãos na China, onde a liberdade religiosa está em risco constante.