O companheirismo ideológico vai falar alto nos próximos meses às mesas de negociações entre o Governo do Brasil, sócio comprador do gás através da Petrobras, e o da Bolívia, que perdeu um grande cliente: com a exploração mais intensa do Vaca Muerta, maior campo de gás do mundo e 4º maior de petróleo, em seu território, o Governo da Argentina recuou forte na importação do produto boliviano.
Restou ao país de Luís Arce recorrer ao Brasil. Arce sabe que seu ex-aliado e agora maior adversário político, Evo Morales, vai explorar politicamente a situação. A Bolívia, com gás de sobra, precisa vender o excedente e se capitalizar.
Acontece que em dezembro de 2023, ou seja, há menos de um ano, a YPFB da Bolívia já havia fechado acordo de maior venda para a petroleira brasileira, incluindo distribuição a mercado privado.