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Banco Central decide nesta quarta se eleva juros básicos da economia

Copom informou que o cenário econômico dentro e fora do Brasil exige cautela

Publicada em 18/09/2024 às 14:35h - 13 visualizações

por Estadão


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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 17, se mantém ou eleva a taxa básica de juros, a Selic. A recente alta do dólar e o impacto da seca sobre o preço de energia e alimentos trouxeram a indefinição se o colegiado subirá os juros básicos pela primeira vez em mais de dois anos.

No comunicado da última reunião, no fim de julho, o Copom informou que o cenário econômico dentro e fora do Brasil exige cautela. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 0,25 ponto percentual nesta reunião e encerrar 2024 em 11,25% ao ano.

Esta quarta-feira também terá decisão de juros nos EUA. Mas, enquanto o mercado aposta que o Banco Central brasileiro vai começar um ciclo de alta da Selic, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed), o BC americano, comece a baixar os juros por lá.

Há três grandes diferenças, neste momento, entre Brasil e EUA em relação ao combate à inflação. Por lá, os dados de atividade econômica estão mais fracos que o esperado, a inflação está recuando e há até o receio de uma recessão mais acentuada. Por aqui, ao contrário, o PIB surpreende para cima, o IPCA – índice oficial de preços – ronda o teto da meta e as projeções para os próximos anos estão “desancoradas”, ou seja, distantes da meta de 3%.

Para completar o quadro mais complicado para a inflação brasileira, a política fiscal continua em xeque, diante da preocupação crescente do mercado com o rumo das contas públicas – o que se reflete na forte valorização do dólar sobre o real este ano. A moeda americana saiu do patamar de R$ 4,85 em janeiro e chegou a bater em R$ 5,74 em agosto, recuando para R$ 5,50 nesta semana.

Além disso, o Banco Central passa por uma transição na sua gestão, com a indicação do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, para a presidência do banco, após sucessivos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao atual presidente Roberto Campos Neto. Ainda que não tenha demonstrado sinais de leniência com a inflação enquanto diretor do banco, o mercado tem dúvidas se o comportamento se manterá depois que ele assumir a presidência da instituição.

O economista-chefe da Suno Investimentos, Gustavo Sung, aposta que o Fed irá cortar os juros em 0,25 ponto, do atual patamar entre 5,25% e 5,50% para 5% e 5,25% – por lá, há um intervalo para os juros –, enquanto o BC brasileiro vai elevar a Selic também em 0,25 ponto, de 10,5% para 10,75% ao ano.

Ele lembra que, nos EUA, os últimos dados do mercado de trabalho medidos pelo payroll (do mercado de setor privado não agrícola) ficaram em 142 mil em agosto, abaixo da expectativa de 160 mil. Também houve revisões para baixo nos números de julho, com 86 mil vagas a menos do que o divulgado inicialmente.

“Os EUA estão com desaceleração da atividade e uma inflação mais comportada do que a nossa. O mercado de trabalho também dá sinais de arrefecimento. No Brasil, é exatamente o contrário, com o PIB surpreendendo para cima, a taxa de desemprego no nível mais baixo em dez anos e a inflação rondando o teto da meta, mesmo com a pequena deflação de agosto”, afirmou.

A Suno entende que, nos EUA, além do corte de 0,25 ponto nesta quarta, haverá mais dois cortes de 0,25 ponto nas reuniões de novembro e dezembro, levando para o intervalo entre 4,50% e 4,75% ao ano. Já para o Brasil, a expectativa é de um aumento de 0,25 ponto na reunião desta quarta-feira, seguido por aumentos de mesma magnitude em novembro e dezembro, encerrando a Selic em 11,25% ao ano em 2024.

Inflação no Brasil acima da meta

Na semana passada, o IBGE divulgou uma leve deflação em agosto, de 0,02%, e, ainda assim, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 4,24% – muito acima da meta de 3%. Com o acionamento da bandeira vermelha de energia em setembro e a seca que atinge várias regiões do País, há o risco de novos aumentos da energia e dos alimentos, o que colocaria até o teto da meta de 4,5% sob risco.

A economista Andreia Ângelo, sócia da Warren Investimentos, explica que o risco por aqui, neste ano, é de que a inflação estoure o teto e o BC seja obrigado a enviar uma carta para o Ministério da Fazenda com a justificativa por não ter cumprido o seu mandato.










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