Depois da cadeirada de Datena contra Pablo Marçal, tenho a convicção de estar dentro da tal “Democracia Relativa”, que Lula tanto falou. Vamos aos fatos:
1) Nós votamos em candidatos que os partidos políticos escolhem para as eleições, ou seja, somos levados a crer que estes são os melhores representantes da sociedade para o cargo, porém todos devem passar pelo crivo do partido, que em muitas das vezes é fruto de “acordos”, dos quais nós não temos acesso. Raramente um candidato fura essa lógica, como no caso de Bolsonaro em 2018.
2) Pegando o exemplo da cidade de São Paulo, nenhum dos candidatos está à altura do cargo e isso não é uma exceção da capital paulista, pois a grande maioria dos candidatos a cargos na prefeitura de outras cidades estão no mesmo nível e em alguns casos a situação é ainda pior.
Tomando como base essas duas colocações, fico me perguntando sobre o que leva as pessoas a postularem tal papel e estarem nas mãos desses partidos políticos?
Podemos conjecturar a ânsia pelo poder, mas também a possibilidade de acordos futuros e sabe-se lá mais o que. Porém a capital paulista tem um fator que difere das demais cidades do país, o orçamento bilionário.
A capital paulista corresponde sozinha a praticamente 10% do PIB do Brasil, algo em torno de 1 trilhão de reais por ano, é isso mesmo que você leu.
Para que você tenha uma noção de ordem de grandeza, o PIB da cidade de São Paulo é praticamente o PIB do estado de Minas Gerais ou do estado do Rio de Janeiro.
O futuro prefeito da cidade terá a sua disposição um orçamento anual de R$ 118 Bilhões de reais por ano, o que dá em média R$ 9,8 bilhões de reais por mês.
Então, ter candidatos comprometidos com os “senhores dos partidos”, significa um acesso a esse orçamento, através de contratos milionários firmados com empresas amigas. Talvez seja esse, um dos motivos pelo qual o Bolsonaro não pode escolher o seu candidato à prefeitura da cidade de São Paulo.
Essa “Democracia Relativa” não se restringe aos caciques de partidos, mas segundo a polícia do Estado de São Paulo, existem políticos que têm ligação com a organização criminosa do PCC, e isso não é novidade, mas segundo investigações, o PCC financiaria campanhas políticas e portanto, os partidos políticos teriam agora um concorrente de peso ou podemos conjecturar um aliado?
Nessa corrida maluca, resta saber quem será o vencedor.
Fazendo uma comparação com o desenho da Corrida Maluca, quem seriam os políticos que mais se parecem com os personagens como: Irmãos Rocha, Penélope Charmosa, A quadrilha de Morte, Rufus (Lenhador), Peter Perfeito e por fim, o Dick Vigarista?
Parece que existem mais Dick Vigaristas do que Peter Perfeito, mas quem é quem fica por conta de sua imaginação.
Paulo S. Capeleti
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A Corrida Maluca
Wacky Races (no Brasil: Corrida Maluca e em Portugal: A Mais Louca Corrida do Mundo) é uma série de desenho animado produzida pela Hanna-Barbera e lançada pela CBS que foi produzida entre 14 de setembro de 1968 a 4 de janeiro de 1969[1], rendendo 34 episódios. Os competidores buscavam o título mundial de "Corredor Mais Louco do Mundo".