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Lula veste lenço palestino que contém frase usada pelo Hamas contra Israel

Representantes do Hamas elogiaram Lula por suas críticas ao governo israelense

Publicada em 28/08/2024 às 14:52h - 18 visualizações

por Terra Brasil Noticias


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Em 9 de agosto de 2024, durante uma visita a Santa Catarina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi fotografado vestindo um lenço palestino, conhecido como keffiyeh, contendo a frase “Jerusalém é nossa. Nós estamos chegando”, em árabe. Esta frase, comumente utilizada para apoiar a reivindicação palestina sobre Jerusalém, é também associada ao grupo terrorista Hamas, sendo interpretada como um pedido pela “extinção do Estado israelense”.

Dada a delicada situação geopolítica da região, a imagem gerou um alvoroço nas redes sociais e na comunidade internacional. Desde 1967, Jerusalém está sob controle de Israel, que considera a cidade indivisível e mantém suas principais sedes governamentais, como a Suprema Corte e o Knesset, na cidade. Antes disso, a parte oriental de Jerusalém era administrada pela Jordânia.

A foto de Lula com o lenço foi compartilhada no Instagram pelo Comitê Catarinense Khader Mahmud Ahmad Othman no dia 23 de agosto, mas não apareceu nas redes sociais oficiais do presidente. Além do lenço, Lula também recebeu uma placa com um mapa da região sem fronteiras claras entre Israel e Palestina, gerando ainda mais controvérsia.

A assessoria do Palácio do Planalto optou por não comentar o incidente. Para André Lajst, cientista político e CEO da ONG Stand With Us Brasil, a frase no lenço é parte de um discurso de ódio contra os judeus. Segundo ele, “Ou o presidente ignora essa frase, que é racista e de ódio e que desconsidera a legitimidade do povo judeu à região, ou ele é muito mal assessorado.”

Este não é o primeiro episódio em que Lula demonstra apoio à causa palestina. Em 16 de fevereiro de 2024, o presidente fez uma declaração controversa ao comparar as ações do Exército israelense contra o grupo terrorista Hamas com as ações dos nazistas durante o Holocausto. A declaração causou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, com o governo israelense declarando Lula como “persona non grata”.

Nos meses seguintes, Lula continuou a criticar Israel, acusando o governo israelense de praticar “genocídio” contra o “povo palestino”. Em 8 de julho de 2024, o presidente brasileiro expressou orgulho pelo Brasil ser o primeiro país a fechar um acordo de livre-comércio com a Autoridade Nacional Palestina, destacando isso durante um discurso na cúpula do Mercosul em Assunção, Paraguai.

A reação à foto de Lula com o keffiyeh é importante porque destaca a complexidade e a sensibilidade das questões geopolíticas envolvendo Israel e Palestina. A frase no lenço tem conotações de incitação à violência e ódio, o que torna o gesto ainda mais problemático num cenário internacional já conturbado.

Representantes do Hamas elogiaram Lula por suas críticas ao governo israelense. O porta-voz Muslim Imran, por exemplo, elogiou o presidente brasileiro em uma entrevista ao Metrópoles em maio de 2024, realçando as críticas de Lula à atuação de Benjamin Netanyahu durante o conflito na Faixa de Gaza.

 










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