Os incêndios em áreas rurais paulistas afetaram quase 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar que tinham como destino a moagem pela Raízen, um dos gigantes do agro brasileiro. Na segunda-feira 26, o grupo divulgou um comunicado em que informa o prejuízo com as queimadas em São Paulo.
A cana-de-açúcar queimada corresponde a cerca de 2% da safra programada para a moagem da Raízen na colheita 2024/2025.
“De forma a mitigar os efeitos adversos, a companhia está priorizando a moagem da cana-de-açúcar afetada”, informa o comunicado. “Com essa medida, esperamos que as perdas e impactos em nossos resultados sejam imateriais.”
De acordo com o texto, a empresa proíbe a queima da palha da cana-de-açúcar como técnica de manejo para a colheita. A companhia colhe de modo mecanizado, o que dispensa o uso do fogo. Atualmente, o emprego de máquinas é a técnica usada em 99,2% das lavouras paulistas.
Na sexta-feira 23, teve início uma série de incêndios em áreas rurais paulistas. As queimadas foram controladas no domingo 25, em meio às chuvas.
Os focos de incêndio se espalharam por cerca de 20 mil hectares, entre plantações, pastos e áreas de preservação. Ao todo, 25 municípios relataram as chamas. Alguns deles grandes produtores de cana-de-açúcar, como Ribeirão Preto, Sertãozinho e Franca.