A China se tornou a principal parceira comercial do Brasil, saindo da 38º para a 1º posição do ranking no período analisado entre 1981 e 2009, quando ultrapassou o peso comercial dos EUA, onde permanece na liderança até os dias atuais.
O histórico de superávit na balança comercial entre Brasil e China foi comemorado nessa última quinta-feira, dia 15 de agosto, quando os dois países celebraram os 50 anos de relações diplomáticas. A China é o maior destino das exportações brasileiras, alcançando o melhor resultado em 2023 quando as negociações alcançaram o impressionante valor de US$ 104,3 bilhões. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
Desde 2018, o Brasil tem visto os produtos chineses dominarem o mercado com mercadorias dos mais diferentes tipos, somando um montante de US$ 35,2 bilhões em compras. Em comparação, no mesmo período, o Brasil importou dos EUA cerca de US$ 32,8 bilhões.
Em contrapartida, o Brasil se consolidou no mercado chinês por meio da exportação de soja totalizando US$ 24,1 bilhões de janeiro a julho de 2024. Por outro lado, os brasileiros importaram válvulas e tubos termiônicos (US$ 2,7 bilhões) e automóveis (US$ 2,7 bilhões), o que demonstra a disparidade nos tipos de exportação.
Enquanto o Brasil se concentra no envio de commodities agrícolas, minerais e combustíveis, os chineses enviam produtos acabados que acabam concorrendo com a indústria nacional, como é o caso dos automóveis, em especial os elétricos que tiveram um crescimento acentuado.
A solução apontada por especialistas é que o Brasil diversifique as parcerias para não criar uma dependência excessiva da economia chinesa, podendo levar a um desequilíbrio na balança comercial.