A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH-OEA) solicitou às advogadas de Jorge dos Santos e Jorginho de Azevedo, ambos presos do 8 de janeiro, mais informações sobre o estado de saúde dos dois.
Uma denúncia “contra o Estado brasileiro” referente a Santos e Azevedo foi protocolada na CIDH-OEA em março deste ano.
Na peça, a defesa dos detentos ressaltam violações de direitos durante o processo conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Depois de uma análise inicial do caso, no fim do mês passado, a comissão agora requer novos dados a fim de dar um veredito.
Agricultor, Azevedo recebeu uma condenação de 17 anos. A pena é maior que a de Elize Matsunaga, que matou o marido e, na sequência, o esquartejou.
Já Santos, que é vendedor de cana, também atuava como pastor. O STF o condenou a 16 anos e seis meses de cadeia.
“O pastor possui pouco estudo e não tem conhecimento político e não possuindo nenhum conhecimento jurídico”, afirmou a defesa de Santos. “Ele não possuía o entendimento total de que estava cometendo ilícitos penais.”