Ao cumprir agenda na China, o ex-ministro José Dirceu aproveitou para visitar a presidente do Banco dos Brics, Dilma Rousseff.
O petista publicou uma foto ao lado de Dilma, no Instagram, no domingo 21. “Conversamos muito a respeito do Brasil e de todo o processo de reconstrução social, econômica”, disse Dirceu. “A retomada do desenvolvimento do nosso país está em curso.”
A viagem internacional de Dirceu ocorre meses depois de ele voltar a aparecer nos holofotes da vida pública.
Em 2 de abril, o ex-ministro participou de uma cerimônia, no Senado, para “celebrar a democracia”. Em 2005, a Câmara dos Deputados cassou o mandato dele, em meio ao escândalo do Mensalão. Portanto, Dirceu voltou à Casa do Povo após 19 anos fora dela. Especula-se que o petista vai disputar uma cadeira na Câmara em 2026.
Dirceu se sentou à mesa diretora da Casa, destinada a autoridades, como o presidente do Congresso Nacional. Minutos depois, dirigiu-se à tribuna do Senado, onde, entre outros assuntos, atacou militares.
Conforme Dirceu, “não basta a despolitização e a volta aos quartéis”. “O comprometimento das Forças Armadas com o governo Bolsonaro e com 8 de janeiro está aí”, disse o petista, na tribuna da Casa. “Tanto é que agora passam a ser investigados mais de 60 militares de altas patentes. Cada vez mais, os militares acumulam poderes.”
Ainda de acordo com Dirceu, “se não quisermos voltar ao 8 de janeiro e ao 31 de março de 1964, o Congresso Nacional tem que fazer algo”.
O ex-ministro de Lula lembrou da existência de dois projetos sobre defesa nacional que estão “parados” no Parlamento. Além disso, Dirceu defendeu a necessidade de os congressistas debaterem o papel das Forças Armadas.
Durante um jantar de comemoração de seu aniversário, em março deste ano, Dirceu ensaiou sua volta à política ao reunir diversas autoridades, entre elas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.