Depois de confirmar contaminações pela doença de Newcastle em aves no interior do Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura (Mapa) declarou emergência zoossanitária no território gaúcho. A pasta divulgou a decisão nesta sexta-feira, 19.
A medida vale por 90 dias e facilita a implantação das ações do plano de contingência elaborado contra essa enfermidade. Entre essas ações, está o abate de todas as aves em que for detectado o foco de contaminação. Além disso, o protocolo também estabelece vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10 km da área onde ocorreu a contaminação, entre outras ações.
O governo federal também afirma que a “população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada”. De acordo com o Mapa, o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial permanece seguro e sem contraindicações.
Na quarta-feira 17, o Mapa confirmou a descoberta de um foco de doença de Newcastle em uma criação comercial de frangos em Anta Gorda, município do interior do Rio Grande do Sul. Os últimos registros de contaminação no país ocorreram em 2006, no Estado de Mato Grosso, além do próprio território gaúcho. Essa enfermidade é contagiosa, afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema na cabeça nesses animais.
No interior do Rio Grande do Sul, Anta Gorda tem quase 6 mil habitantes, fica a cerca de 200 quilômetros da capital, Porto Alegre, e a 270 quilômetros de Concórdia, Santa Catarina. A criação de aves é um dos grandes motores da economia local.
O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de aves do Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por volta de 9% da produção desse tipo de proteína tem origem nos frigoríficos gaúchos. Esse volume garante ao Estado a quarta posição do ranking nacional.