Aliados importantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcaram presença no último dia da plenária nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizado na quinta-feira 11.
A plenária teve o objetivo de organizar e qualificar pré-candidaturas de acampados, assentados e simpatizantes. O evento ocorreu na Escola Nacional Florestan Fernandes em Guararema (SP) e reuniu cerca de 300 participantes.
A reunião do MST é tida como “inédita” e visa a preparar até 700 candidatos para as eleições de 2024, abrangendo cargos de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos. Entre os participantes, destacam-se Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo, e Gleisi Hoffmann, presidente do PT.
Os marqueteiros Sidônio Palmeira, responsável pela campanha de Lula em 2022, e Otávio Antunes, que trabalhou na campanha de Fernando Haddad em 2018, também estiveram presentes.
Durante o evento, Gleisi reafirmou o apoio do PT ao projeto eleitoral do MST e destacou a “importância” de aumentar a representação progressista para fortalecer o governo de Lula no Congresso. Ela acredita que uma eventual vitória de figuras ligadas ao grupo invasor pode ajudar no projeto de reeleição do presidente.
Sidônio Palmeira falou da relevância da conversa direta para os pré-candidatos a vereadores e sugeriu que os membros do MST utilizem o “reconhecimento do movimento” para ganhar votos.
Ele argumentou que, enquanto a “extrema direita” utiliza “ódio e mentiras” para engajar, o MST deve focar a “verdade”, usando materiais “simples e emocionais” para atrair eleitores.
Tanto Palmeira quanto Okamotto afirmaram ter sido incentivados por Lula a participar do evento. Okamotto mencionou que o presidente estava preocupado com o distanciamento entre o PT e suas bases sociais e defendeu a ideia de que o partido precisa de “parlamentares que sirvam ao partido, e não o contrário”. Palmeira disse que Lula ficou animado ao saber que ele falaria com os militantes do grupo invasor.